
A Trienal de Arquitectura de Lisboa anunciou os 20 ateliês selecionados para o Prêmio Début 2025, iniciativa que reconhece práticas emergentes no cenário internacional. Nesta edição, foram recebidas 75 candidaturas válidas, provenientes de 28 países — um retrato da diversidade e do alcance global da premiação.
Voltado a profissionais com até 40 anos, o Début recebe propostas tanto por inscrição direta quanto por indicação: dezenas de especialistas da crítica, curadoria e prática arquitetônica são convidados a nomear até três nomes. O processo de seleção envolve três etapas: uma shortlist de 20 nomes, cinco finalistas e, por fim, a escolha da prática vencedora.
Os 20 ateliês selecionados são:
- Atelier Local, Portugal
- Avneesh Tiwari, Índia
- Balsa Crosetto Piazzi, Argentina
- Banga Coletivo, Angola
- Bangkok Tokyo Architecture, Tailândia
- BeAr Arquitectos, Espanha
- Estúdio Flume, Brasil
- Exutoire, Vietname
- Indalo World, África do Sul
- JQTS, Portugal
- Juan Campanini – Josefina Sposito, Argentina
- Juliana Godoy, Brasil
- kera, Geórgia
- NUA arquitectures, Espanha
- Palma, México
- Parabase, Suíça
- RC Architects, Índia
- ReSa Architects, Índia
- Robida Collective, Itália
- TEN, Suíça
Segundo o júri — composto por Inês Lobo, Lígia Nobre, Samia Henni, Sandi Hilal e Yuma Shinohara —, as propostas selecionadas refletem práticas comprometidas com "a criação de espaços para a vida", marcadas por abordagens enraizadas, coletivas e sensíveis às complexidades políticas e sociais do presente. Os cinco finalistas serão anunciados em maio, e, pela primeira vez, todas as equipes participarão de uma apresentação pública durante a programação da Trienal 2025.

Na edição anterior, em 2022, o escritório paulistano Vão foi o vencedor do Prêmio Début. Formado por Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero, o ateliê se destaca por uma prática transdisciplinar que busca diluir as fronteiras do campo profissional, enriquecendo a reflexão arquitetônica. Entre seus projetos notáveis estão a Sede de uma Fábrica de Blocos, a Casa São José do Barreiro e a expografia da Bienal de São Paulo de 2023.

A edição deste ano também traz uma novidade simbólica: o novo troféu do Prêmio Début, desenhado por Álvaro Siza Vieira, é produzido a partir de sobras de mármore de Estremoz. A peça articula matéria bruta e geometria como "uma sugestão de espaços", evocando o surgimento da arquitetura a partir da pedra.