O retiro Mysk Al Badayer no deserto nos arredores de Dubai, Emirados Árabes Unidos. Imagem cortesia de Mysk Al Badayer Retreat
Situados nas paisagens desérticas mais remotas do Oriente Médio e além, esses acampamentos oferecem uma oportunidade única de conexão com o ambiente através da experiência solitária em cenários amplos e expansivos.
Ao evitar intervenções estruturais que possam modificar as paisagens históricas, os projetos destacam habilidades, materiais e técnicas arquitetônicas tradicionais e locais, ao mesmo tempo em que oferecem interiores de luxo.
Cortesia da New Murabba Development Company | Riad
A Arábia Saudita, em meio a uma transformação significativa, não apenas está alterando sua paisagem, mas também redefinindo sua identidade em nível global. Como parte da Visão 2030, que orienta suas ações, o reino está empenhado em promover novos desenvolvimentos, com o objetivo de revitalizar a cultura e diversificar a economia. A capital, Riade, está na vanguarda dessa transformação ao sediar a Expo Mundial de 2030. Isso representa o compromisso do país com o progresso, enquanto vários mega projetos estão em andamento, transformando a estrutura do reino.
Em meio aos diversos projetos, várias empresas de renome estão envolvidas em mega projetos em diferentes escalas. O renascimento cultural, por exemplo, é evidenciado pela Ópera de Snøhetta em Diriyah, enquanto a Torre de Jeddah segue uma trajetória que superará o Burj Khalifa. Ao mesmo tempo, a conversão de uma usina de dessalinização em Jeddah pelo Heatherwick Studio em um próspero centro cultural demonstra a reutilização de espaços industriais. Desde os projetos costeiros da Foster + Partners até os arranha-céus no centro da cidade que estão redesenhando o horizonte, o país passa por transformações significativas em seu ambiente construído.
Mesquita Mohammed Abdulkhaliq Gargash, Dubai, 2021. Imagem: Gerry O´Leary
Há e sempre existiram mulheres arquitetas, planejadoras e políticas urbanas inspiradoras, mas em todo o mundo, as profissões de ambiente construído – e em particular seus escalões superiores – permanecem fortemente dominadas por homens, mais do que outras esferas, como educação ou saúde.
Hoje, 64% dos arquitetos formados no Brasil são mulheres. Na Engenharia, houve um aumento de 42% no número de mulheres registradas no CREA desde 2016. Mas, onde estão esses reflexos na sociedade brasileira? No mundo o processo é mais lento. Temos apenas 40% de mulheres arquitetas e pouquíssimas nos papéis de líderes.
Of Palm / Abdalla Almula. Imagem Cortesia de Abdalla Almula
Entre 7 e 12 de novembro, a DubaiDesign Week 2023 reuniu mais de 500 designers, arquitetos e profissionais criativos para explorar a relação entre práticas tradicionais e tecnologias emergentes. O objetivo era criar soluções que promovessem a sustentabilidade ambiental e tivessem impacto social através do design. Como um dos eventos culturais mais importantes no Oriente Médio, o festival oferece uma ampla gama de instalações, obras de arte e experiências imersivas, todas explorando tópicos importantes do design voltado para a sustentabilidade ambiental.
As intervenções e instalações deste ano se inspiraram nos ecossistemas naturais da região, assim como nas tradições e habilidades artesanais locais, combinando essas práticas com tecnologias inovadoras, explorações de biomateriais e novas abordagens para o design. Um tema recorrente entre as intervenções foi a celebração do patrimônio do Oriente Médio e o engajamento com as práticas vernaculares.
O movimento de arquitetura "sustentável", como o entendemos hoje, começou a ganhar forma no final do século XX em resposta às crescentes preocupações com a degradação ambiental, o consumo de energia e a escassez de recursos. Dentro desse diálogo global sobre sustentabilidade, a madeira tem sido exaltada como um símbolo de consciência ambiental e descarbonização. Sendo um dos materiais de construção mais versáteis, se tornou ainda mais procurada com a ascensão desse movimento. As árvores absorvem dióxido de carbono durante seu crescimento, que permanece na madeira quando esta é usada na construção — ou seja, menos CO2 na atmosfera.
Arranha-céus são elementos inerentes às cidades contemporâneas. Seja em São Paulo ou Nova York, em Seul ou Dubai, essas estruturas imponentes são onipresentes no tecido urbano e a imagem convencional que se tem delas é de planos de vidro. Isso não ocorre no Iêmen, onde há exemplos antigos que são bem diferentes dos arranha-céus atuais. No centro do país, a cidade de Shibam é cercada por uma muralha fortificada e é o lar de exemplos deslumbrantes de habilidade arquitetônica: casas em torre que datam do século XVI com até sete andares de altura.
Ela é uma forma arquitetônica onipresente. Uma tipologia que atravessa séculos e fronteiras, um marco em todas as culturas. A tenda. Na sua forma mais simples – é um abrigo, um material colocado sobre uma armação de madeira. É uma linguagem arquitetônica que está intrinsecamente ligada à vida nômade. Yurts, por exemplo, funciona como uma moradia facilmente portátil para os povos cazaque e quirguiz. Ao mesmo tempo, as tendas provaram ser um precedente estilístico popular para os arquitetos, sendo as estruturas leves do arquiteto alemão Frei Paul Otto um exemplo disso. A tenda é uma linguagem arquitetônica complicada – que atravessa a linha entre o temporário e o permanente, e que também funciona como um símbolo de riqueza e um símbolo de escassez.
Consagrados com uma cultura milenar, os arquitetos libaneses mostram em seus projetos como lidar com o entorno e com os desafios atuais da arquitetura. Em homenagem à comunidade libanesa no Brasil, celebrada oficialmente no dia 22 de novembro, selecionamos sete escritórios para conhecer melhor a arquitetura libanesa contemporânea.
A África Subsaariana é um lugar onde coexistem muitas religiões e, consequentemente, um grande número de fiéis. Edifícios icônicos, estandartes de diferentes culturas e crenças, podem ser encontrados espalhados pelos quatro cantos do continente, como a famosa Basílica da Sagrada Família no centro de Nairóbi ou o impressionante Templo Hare Krishna na África do Sul. Seja qual for o credo que estes edifícios representem, o que é evidente é que a arquitetura religiosa hoje constitui uma parte fundamental do tecido urbano das cidades da África Subsaariana. Em muitos casos, estas estruturas simbólicas e representativas operam ainda como um terreno fértil para a experimentação na arquitetura.
Centrado no tema da conexão, o Pavilhão do Japão para a Expo 2020 Dubai apresenta uma estrutura 3D inspirada em padrões tradicionais japoneses e árabes. Concebido por Yuko Nagayama and Associates, o projeto revela através de diferentes meios arquitetônicos as semelhanças culturais entre o Japão e o Oriente Médio.
Enquanto em muitos países do mundo os setores da construção, da arquitetura, da engenharia e do planejamento urbano ainda estão dominados por homens, as iniciativas que empoderam as mulheres nestas disciplinas estão surgindo em todo o mundo. Estes movimentos, - que desempenham um papel fundamental na integração do poder feminino - adotam muitas formas como sites, plataformas, organizações, etc. que trabalham com profissionais, artesãs e trabalhadoras.
Desde capacitar e conectar mulheres de destaque, garantir exposição e promover o trabalho de pioneiras, essas iniciativas têm o objetivo comum de estimular o setor feminino a causar impacto em suas cidades.
A arquitetura moderna está conectada à história cultural. No Kuwait, o ambiente construído e a habitação do país foram remodelados por movimentos econômicos e culturais maiores. Após a descoberta do petróleo, o país experimentou um crescimento econômico que impulsionou o desenvolvimento em diversos mercados e transformou a maneira como os cidadãos vivem hoje.
Cortesia de Tamayouz Women in Architecture and Construction Award 2019
O Tamayouz Excellence Award divulgou as vencedoras do Women in Architecture and Construction Award 2019, um prêmio que homenageia as realizações de arquitetas noOriente Próximo e Norte da África, em duas categorias: Rising Star e Woman of Outstanding Achievement.
Ao longo das últimas três décadas, Dubai floresceu em meio a um deserto desabitado para transformar-se em um centro urbano estratégico para o mundo dos negócios e do turismo. Como uma das diversas reações decorrentes deste novo fenômeno, várias cidades ao redor do mundo passaram a replicar esse modelo de desenvolvimento urbano - um urbanismo amplamente baseado no automóvel, arranha-céus luxuosos, centros comerciais gigantescos e tecnologias e sistemas "inteligentes" e "sustentáveis", tudo isso, à partir do zero. Surpreendentemente, estes novos empreendimentos tem se espalhado rapidamente pelo continente africano, assumindo nomes como Eko Atlantic City Nigéria, Vision City em Ruanda, Ebene Cyber City nas Ilhas Maurício; Konza Technology City no Quênia; Safari City na Tanzânia; Le Cite du Fleuve na República Democrática do Congo, entre vários outros. Ao que tudo indica, todas estas cidades parecem apenas meras tentativas de imitação daquilo que representa a cidade de Dubai.
https://www.archdaily.com.br/br/911073/o-que-as-cidades-africanas-podem-aprender-com-a-experiencia-de-dubaiMathias Agbo, Jr.
Este é o momento no qual nos projetamos ao futuro para definir as metas e focos de nossa carreira ao longo do ano que começa. Com o objetivo de ajudar os arquitetos que consultam o ArchDaily diariamente, realizamos a seguinte lista com as ideias que mais ecoaram durante 2018 e que, portanto, serão os temas que devem seguir desenvolvendo-se durante 2019.
Apenas no ano passado, mais de 130 milhões de usuários descobriram no ArchDaily novas referências, materiais e ferramentas que permitem aprimorar o desenvolvimento da arquitetura e melhorar a qualidade de vida de nossas cidades e entornos construídos. Quando nossos usuários começam a coincidir em suas buscas de informação ou demonstram maior interesse por um tema em relação a outros, estes tópicos passam a ser uma tendência.
https://www.archdaily.com.br/br/910567/as-tendencias-da-arquitetura-em-2019Pola Mora
Caminhando pelas ruelas estreitas e caóticas, diminuído pelas altas torres, poucos poderiam estimar que a cidade de Shibam, no Iêmen, tem quase 1.700 anos. Localizada no distrito central do país, chamado Hadhramaut, Shibam tem suas origens no período pré-islâmico e evidências de construção que datam do século IX.
Shibam é conhecida por ser a primeira cidade do mundo a ter um masterplan vertical. Sítio protegido pela UNESCO desde 1982, a cidade apresenta edifícios adensados que variam de quatro a oito pavimentos, construídos a partir do ano 300 d.C, mas a maioria posterior a 1532. Graças à muralha que a circunda, a cidade sobreviveu quase dois mil anos apesar de sua desafortunada localização adjacente à planície de inundação do rio Wadi.
O escritórioSou Fujimoto Architects divulgou detalhes de um masterplan conceitual para um complexo comercial em uma proeminente, porém ainda desconhecida, cidade no Oriente Médio. Localizado entre um centro educacional e outro financeiro, o complexo modular reinterpreta a "vibrante atmosfera de um tradicional mercado" bem como a "inerente beleza da arquitetura vernacular islâmica" para criar um marco "atemporal" em uma região atualmente subutilizada da cidade.